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O que é inovação?

Afinal, o que entendo quando se fala em inovação? Mesmo havendo tantas inovações, algumas empresas ainda acreditam que a inovação se limita a criar novos produtos ou serviço, o que não é verdade. A inovação é muito mais abrangente e engloba, de um jeito ou de outro, tudo que é novidade.

Essa palavra, na verdade no empreendedorismo, é utilizada para se referir a um conjunto de novidades as quais os gestores esperam gerar um resultado positivo para empresa, como lucro, solução de problemas e ocupação de mercado. Esta visão pode ser uma das causas que pode estar confundindo empreendedores em todos os cantos do mundo. O foco da inovação não deve estar “no” cliente, mas deve ter o foco “do” cliente.

Não se trata de um modismo semântico de coachings, mas sim da forma como o empreendedor deve olhar o mercado. Desde que existe vida e escambo na face da Terra, a novidade sempre brilhou nos olhos das pessoas e definiram motivos para compra. Em resumo, tecnicamente está certo, o maior trilho de sucesso de um empreendimento está determinado por sua capacidade de encantar, ou seja, vender. Porém, quando você mantém o foco em apenas vender acaba focando apenas no produto e no cliente e procurando meios e até inovações para encantar as pessoas com o “teu” produto ou o “teu” serviço.

Do outro lado, as pessoas cada vez menos estão preocupadas contigo, e buscam numa velocidade cada vez maior novas experiências, que podem estar relacionadas a produtos ou não. Vamos tentar ser mais práticos. Em maioria, as empresas lutam sozinhas para alcançar o sucesso e investem muita energia buscando melhorar, ampliar e até modificar seus produtos e serviços. Algumas delas conseguem por algum tempo, mas estão deixando espaço para o surgimento de milhares de startups que aparecem aqui e acolá, às vezes com modelos disruptivos que chegam a destruir toda uma cadeia de empreendimentos existente há muito tempo.

Veja o Uber, um simples aplicativo já destruiu companhias de táxi e só não destruíram as empresas de transporte coletivo por questões políticas e de interesses que não aparecem na mesa. Netflix e outras são outros exemplos. Agora pare e pense. É o produto que precisa ser recriado? É a tua empresa? É o teu setor? Ou é apenas você que deve parar de pensar no teu negócio e começar a pensar nos outros? A grande sacada é entender o foco “do” cliente e entender o foco do setor. Muitos segmentos irão desaparecer sem ao menos terem experimentado a força da cooperação.

Outra grande sacada é entender a inovação setorial. Muito além de inovar teu produto, teu serviço, teus departamentos e teu pessoal, você precisa pensar em como inovar o teu segmento buscando a cooperação. Este é o lance disruptivo que todos deverão encontrar, mais cedo ou mais tarde. A hora você escolhe. O caminho existe, o caminho é ASSOCIAR. Vamos trilhar.

O autor Gilmar Denck é empresário com 30 anos de experiência em associativismo, formado em Filosofia e Administração.

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