Olha que interessante. Ao abrir a internet, aquela enxurrada de opiniões sobre a guerra. Opiniões estas já superando as lives gratuitas e os famosos botões “saiba mais” que possuem solução para os teus problemas.
Mas enfim, quem causou a guerra? Se você tiver paciência e tempo vai encontrar milhares de narrativas acusando o Putin, com seu poderio armado e desejo manter seu império. Também terá milhares de narrativas acusando o Biden de forçar a entrada da Ucrânia na Otan. Não faltará quem acuse o comediante presidente ucraniano que vem conquistando simpatizantes mundo afora por sua bravura ao enfrentar alguém maior, aliás, muito maior. O mais curioso é perceber por aqui uma legião colocando culpa até no nosso presidente. Todos cheios de razões, argumentos e embasamentos.
Mas afinal quem causou a guerra? Ao meu ver é necessária uma reflexão um pouco mais profunda e corajosa. Por que existem guerras? É muito fácil para nosso intelecto imaginar que uma guerra tem como causa um fato aparente e recente. Não, absolutamente não. As guerras começam com a omissão de um povo. Ao não se preocupar com os destinos políticos mais simples de uma comunidade, abrimos espaço para pseudo líderes venderem salvação (solução), seja ela de ordem espiritual, física ou profissional.
Até aqui tudo bem, pois tratam-se apenas de oportunistas que enxergam uma fraqueza humana e dela se aproveitam. Mas perceba que não demora e chega um determinado momento em que estas lideranças entram em choque, quando percebem que seus territórios ou seus currais foram invadidos.
Este é o começo do conflito que pode chegar a confrontos armados. Eis a causa de todos os conflitos: interesses. São milhares de fatos que ocorrem debaixo dos nossos narizes todos os dias. Mas para que se preocupar? Guerra só acontece na Europa. Aqui estamos tranquilos. Esta é a segunda causa e talvez a maior: omissão.
Mas para entender a guerra é necessário entender o que afinal é a paz. A paz em si não existe. Na realidade ela é ausência. Apenas ausência. Ausência de fome. Ausência de dor. Ausência de conflitos (internos ou externos). Ou seja, se não temos fome (de pão ou de justiça), não sentimos dores (físicas ou emocionais) e não estamos em conflito (interno ou externo), então podemos dizer que estamos em paz.
O mais curioso e paradoxal de tudo isto está no fato de que para chegar a ela precisamos lutar. Lutar muito. A paz é uma conquista, que aliás justifica a própria guerra. Para obter paz, precisamos lutar, primeiro pela prosperidade a qual só conseguiremos com muito empreendedorismo e trabalho. Sem deixar de lutar pela saúde, muito suor em exercícios, alimentação saudável e também com muitas pesquisas. E ainda, lutar intensamente pelo solidário, onde você deixa seus interesses para se tornar interessante. Esta é a chave. Este é o segredo.
O tripé da paz: empreendedorismo, saúde e solidariedade. Cuidar da saúde para empreender e produzir riquezas e trabalhar solidariamente para trazer oportunidade para todos. Este é o caminho da paz, qualquer coisa fora disso é sempre a estrada da guerra. Pequenos desvios podem nos levar a grandes conflitos. Pense nisso. O caminho existe. O caminho é ASSOCIAR. Vamos trilhar.
O autor Gilmar Denck é empresário com 30 anos de experiência em associativismo, formado em Filosofia e Administração.
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