O conceito de ESG ganhou força nas últimas décadas, à medida que a preocupação com o impacto das atividades empresariais no meio ambiente, na sociedade e na governança corporativa se tornou cada vez mais relevante. Se você é um profissional atualizado ou um iniciante na vida profissional, deve ter ouvido e pesquisado sobre esse conceito, certo? Agora, você encontrou a fonte perfeita para se beneficiar de todo o conhecimento necessário sobre o tema. Esta coluna mostrará tudo sobre o ESG – não é clichê e nem venda de curso – e a missão do Comitê ESG da ACIPG agindo em prol dos negócios regionais. Os conteúdos apresentados estarão sob a curadoria dos conselheiros do comitê, que são especialistas na esfera Social, Ambiental e de Governança. Então, vamos lá! E não se esqueça de marcar em sua agenda ou nos favoritos o link da coluna.
Como primeira coluna deste periódico, iniciamos realizando um panorama histórico sobre o ESG e sua importância no cenário mundial e nacional. Você saberá também quais os impactos que a organização em que você atua e até a sua carreira irão sentir.
Historicamente, a noção de responsabilidade social corporativa já existia desde o final do século XIX, quando algumas empresas começaram a se preocupar com o bem-estar de seus funcionários e comunidades. No entanto, foi na década de 2000 que o termo “ESG” foi cunhado, consolidando-se como uma abordagem holística para a sustentabilidade empresarial.
Em 2004, um relatório da Iniciativa das Nações Unidas para o Investimento Responsável (UNRI) destacou a importância de fatores ambientais, sociais e de governança na avaliação do desempenho e do risco das empresas. Esse documento contribuiu para popularizar o conceito de ESG no meio empresarial e financeiro.
Atualmente, as empresas que adotam práticas ESG buscam minimizar seus impactos negativos e maximizar os positivos. No âmbito ambiental, isso pode envolver a redução de emissões de gases de efeito estufa, o uso eficiente de recursos naturais, a gestão de resíduos e a preservação da biodiversidade. No aspecto social, abrange questões como diversidade e inclusão, condições de trabalho, saúde e segurança dos colaboradores, além de investimentos em comunidades locais. Já a dimensão de governança engloba temas como transparência, ética, integridade, composição do conselho de administração e remuneração dos executivos.
Segundo dados da KPMG, em 2020, 96% das 250 maiores empresas do mundo publicaram relatórios de sustentabilidade, sendo que 80% delas mencionaram o termo “ESG” em seus relatórios anuais. Isso demonstra a crescente adoção dessa abordagem pelas organizações.
Além disso, o investimento em ativos ESG também vem ganhando destaque. De acordo com a Bloomberg, os ativos globais com foco em ESG devem atingir US$ 50 trilhões até 2025, representando mais de um terço dos ativos sob gestão no mundo.
Diante desse contexto, é cada vez mais crucial que as empresas incorporem efetivamente os princípios ESG em suas estratégias e operações, visando não apenas o sucesso financeiro, mas também a criação de valor compartilhado com a sociedade e o meio ambiente. Essa abordagem integrada pode ser a chave para um futuro mais sustentável e resiliente.
Então, já identificou como o ESG impacta ou impactará sua organização ou carreira? Para a empresa, será a oportunidade de ampliar sua carteira de clientes, acesso a investimentos, aumento da confiança diante dos consumidores. E para a sua carreira, consegue ver as oportunidades? Conte para nós.
Caroline Schoenberger
Janaina Cazini – Diretora de Responsabilidade Social ACIPG