Gilmar Denck
Se fossemos traduzir marketing a correção correta seria “mercadando”, palavra inexistente no português pelo fato de entendermos o mercado como algo estático e não como um verbo como os americanos entendem. Para eles, mercado é uma ação de comprar e vender, portanto marketing nada mais é que este verbo no gerúndio, ou seja, o verbo em ação. O conceito traduzido ao pé da letra ficaria “fazer mercado” = vender e comprar, ou, no gerúndio “mercadando” = vendendo e comprando.
Nos primórdios da humanidade, na era das cavernas os homens por acidente descobriram o fogo e começaram a beneficiar carnes, pedras e metais, trazendo “benefícios” para o coletivo. Entre eles, ao beneficiar algo oferecido ao outro em troca de algum outro benefício, nasce aqui o mercado entre os homens.
Na mesma toada, as mulheres, também por acidente, ao fazer mingau com grãos de trigo acabam descobrindo o pão, e também por acidente acabam descobrindo e desenvolvendo a agricultura, ou seja, dois dos três maiores benefícios gerados pela humanidade: fogo, pão e agricultura.
De posse destes benefícios adquirimos o direito de desejar outros benefícios, iniciando assim o que hoje conhecemos como mercado. Dotado de meandros e especificações complexas, o mercado nada mais é que um sistema de trocas onde os beneficiários disponibilizam seus benefícios em troca de créditos que serão convertidos em benefícios necessários ou desejados.
O programa Associar, nada mais é que um catalisador desta energia empreendedora, que enxerga oportunidades onde outros enxergam problemas convertendo-as em benefícios para toda a sociedade. A soma de benefícios disponíveis consiste na riqueza da humanidade. Quanto mais benefícios gerados, mais rico o povo de uma comunidade. Assim sendo, objetivo maior da sociedade e do programa associar é o Mercado, a geração de riquezas, através do incentivo ao empreendedorismo, fomentando a produtividade, controlando a austeridade em todos os atos, sejam pessoais, empresariais ou governamentais, e assegurando através das leis a posse e o direito de quem produz. Isto é Mercadar, ou seja, estamos apenas mercadando, ou fazendo marketing.
Segundo especialistas o marketing é composto basicamente de 4 Os, a saber, produto (benefício), praça (onde), preço (valor de troca) e promoção (como mostrar o benefício).
Nosso produto é o associativismo, pois através dele podemos alavancar o empreendedorismo e as oportunidades de geração de riquezas. Nossa praça é global, mas com foco nos empresários de nossa cidade, aqui geramos riqueza, aqui devemos gerar riquezas, aqui iremos investir em saúde, segurança e educação para alcançar cada vez mais produtividade que gera riquezas para todos. Isto é, pensar local.
Nosso preço é a participação. Tudo na vida tem um preço, sem participação a geração de riquezas fica comprometida e a ausência de riqueza é a miséria, que ronda a nossa porta com todos os seus malefícios e consequências. Portanto participar não é interessante, é obrigação social.
Nossa promoção é disseminar a cultura da cooperação, alavanca única de riquezas. Tudo o que existe é fruto da cooperação, desde um simples lápis até o mega telescópio James Web são frutos da cooperação, mãe da prosperidade e madrinha da felicidade.
Como vimos acima, o universo não possui nenhum elemento estável em sua formação, no mercado também é assim, ou estamos enriquecendo ou estamos empobrecendo. Se não disseminarmos a cultura da cooperação a cultura da competição domina e arrasa a geração de riquezas, a competição, mãe da corrupção e madrinha da miséria ilude pela glória efêmera e pela sensação de vitória sobre os outros, iludindo incautos que tendem a crer que crescimento e acúmulos são riquezas.
Portanto, quem não se comunica se trumbica, parafraseando o imortal Chacrinha, é nosso dever “Mercadar” e anunciar o associativismo através de nossas ações, eventos e decisões.
Para tanto, a entidade mantém um departamento de marketing especializado e com recursos para atingir toda a nossa praça, mostrar o nosso benefício (produto) agregando o valor devido e promovendo a prosperidade.
O autor é empresário com 30 anos de experiência em associativismo. Formado em Filosofia e Administração