Sabemos que diferente de uma empresa o capital social de uma entidade é a unidade dos empresários. A união foi o recurso investido para iniciar e toda a sua existência será marcada por esta busca aumentando seu capital social, unindo empresários. Mas como mensurar o aumento deste capital?
O desempenho de uma entidade sem fins lucrativos é sempre cercado de tabus e crenças que advém de opiniões das mais diversas. E por sua característica ímpar de ser administrada por voluntários há um acordo não escrito nem sequer falado de que o desempenho da entidade deve ser apenas consequente e nunca estabelecido por metas ou indicadores. E ainda, quando existem, estão direcionados por indicadores de performance empresarial, afinal é uma entidade de empresários.
Entretanto o desempenho é sempre o teste definitivo para uma entidade e a marca de uma gestão. Para tanto é importante refletir sobre o propósito de sua existência e sobre este definir metas e indicadores de desempenho. Se nossa missão é mudar pessoas e transformar a sociedade não podemos instituir metas de desempenho baseados em lucros ou resultados financeiros, mesmo que esta seja a tentação que permeia a maioria das entidades, em quase todas as gestões.
Ha sempre uma tentação para justificar que a missão está sendo cumprida mesmo que não haja indicadores. Quando uma empresa desperdiça recursos e tempo está perdendo seu próprio dinheiro, mas na entidade o dinheiro é dos outros. Assim, todo dinheiro tem de trazer resultados dentro do escopo.
Diferente do que se pensa, podemos quantificar as empresas existentes num setor e como elas estão evoluindo em lucro, em geração de empregos e em geração de negócios. Este é o nosso objetivo e isto pode ser definido em metas e assim poderemos apresentar nosso desempenho.
Um tabu presente na maioria das entidades é acreditar que seu trabalho deve ser julgado pela qualidade dos serviços prestados. Havemos de lembrar que até Jesus usou da parábola dos talentos para nos alertar: temos de usar todos os nossos talentos e recursos no cumprimento da missão. O grande Drucker também nos exorta: ” os verdadeiros resultados de uma instituição estão sempre fora dela, para associações comerciais resultados são empresas que prosperam e crescem levando consigo toda a comunidade.
A fixação de metas e indicadores alinhados a missão além de corroborar com a transformação e o progresso da cidade faz com que as pessoas envolvidas no processo experimentem a realização pessoal e uma felicidade indescritível, e isto é essencial na entidade.
Este é o caminho, vamos trilhar.
Gilmar Denck – Gerente Institucional da ACIPG
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