ENTENDA COMO FUNCIONA A DESTINAÇÃO CORRETA DOS RESÍDUOS NO COMÉRCIO

A separação do lixo é o primeiro passo para a destinação adequada e proteção do Meio Ambiente 

O Brasil é um dos países que mais produz lixo no mundo. De acordo dados publicados pela pesquisa “Solucionar a Poluição Plástica: Transparência e Responsabilização” são mais de 11 milhões de toneladas e apenas 1,28%  dos resíduos vão para a reciclagem. 

A separação do lixo é uma atividade simples que pode fazer a diferença. Além de aliviar os aterros sanitários, é possível reaproveitar grande parte dos resíduos. Cerca de 70% do lixo produzido nas residências é considerado reciclável e apenas 30% comum.

Como o comércio deve fazer o descarte do lixo?

Em entrevista para a Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG), a advogada e consultora ambiental Caroline Schoenberger alertou que os comerciantes precisam, antes de tudo,  fazer a separação dos resíduos.  

A primeira etapa é separar o LIXO ORGÂNICO/ INSERVÍVEL, descartado principalmente em residências e estabelecimentos comerciais.  É o que não pode ser reaproveitado, como resto de comida e  sujeira do chão, por exemplo, que são destinados para o aterro sanitário. 

Também é necessário juntar e separar todos os RESÍDUOS RECICLÁVEIS como plástico, papelão, vidro, garrafas de pet e entre outros objetos.Tudo para que seja reaproveitado e enviado para a coleta seletiva,  chegando até as associações de reciclagem e auxiliando também  na renda dos catadores. 

Existe também RESÍDUOS PERIGOSOS que são mais agressivos ao meio ambiente, como lâmpadas, pilhas, baterias e precisam de uma destinação específica.  O licenciamento ambiental é obrigatório quando o estabelecimento trabalha com elementos que causam danos ao ecossistema.   Como laboratório ou uma oficina de mecânica que trabalha com óleo.

O comércio que produz mais de 100 litros por dia de lixo, obrigatoriamente precisa fazer o plano de gerenciamento de resíduo, oferecendo o espaço específico para cada descarte. Sem cumprir com essa obrigatoriedade junto ao órgão fiscalizador,  o estabelecimento recebe punições, como não conseguir renovar o  alvará, por exemplo. 

Quando a produção de resíduos no comércio é apenas de lixo orgânico e reciclável, pode até ser deixado separado na frente do comércio, auxiliando as Associações de Catadores. 

Em Ponta Grossa, a coleta domiciliar de resíduos acontece em dias específicos da semana. A lista completa dos bairros está disponível na Secretaria de Meio Ambiente

Protocolo específico em caso de Covid-19 no descarte de lixo

A orientação é para que pessoas que estão com o vírus ativo no corpo, separem o  lixo contaminado e identifiquem na sacola como “COVID 19”. Caso essa marcação não seja feita, aumenta o risco de que os catadores manipulem os resíduos e possam se contaminar. É um ato de solidariedade com as pessoas próximas e não deve ser visto como exposição e vergonha.

A Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa, no mês de agosto, convidou as diretoras de Meio Ambiente e Comércio, Caroline Schoenberger e Flávia Barichello para debaterem sobre o assunto. Confira na íntegra a entrevista. 

https://www.youtube.com/watch?v=nHwR6tjljI8&t=6s

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