O magnífico texto “Mensagem a Garcia”, escrito em 1899 por Helbert Hubbard, faz uma brilhante reflexão sobre o comportamento das pessoas em relação à falta de iniciativa, de proatividade e qualidade na execução de tarefas, principalmente no ambiente de trabalho.
O ensaio relata a história “de um camarada de nome Rowan” que heroicamente, contra todas as adversidades, entregou uma mensagem do presidente estadunidense McKinley ao General Calixto Garcia Iñiguez, líder das tropas rebeldes cubanas durante a Guerra Hispano-Americana.
Todas as minhas simpatias pertencem ao homem que trabalha, fazendo o que deve ser feito, melhorando o que pode ser melhorado, ajudando sem exigir ajuda. É o homem que, ao lhe ser confiada uma carta a Garcia, toma a missiva e, sem a intenção de jogá-la na primeira sarjeta, entrega-a ao destinatário. Esse homem nunca ficará encostado, nem pedirá que lhe façam favores.
Hoje, o mundo tecnológico facilitou a nossa vida e a mensagem de Garcia tecnicamente deveria ser uma tarefa muito mais fácil, rápida e muito mais econômica que na época em que foi escrita. Porém, seu conteúdo e sua mensagem, por outro lado, parecem, de uma forma ou de outra, estar cada vez mais distantes de nossos profissionais das mais diversas áreas.
De alguma forma nós estamos nos tornando cada vez menos social no trabalho, na media em que mergulhamos no mundo digital das redes, o que parece estar afetando nosso discernimento.
É comum um superior solicitar que seja entregue uma mensagem a uma grupo de pessoas em específico, e o que tem acontecido com muita frequência? A mensagem não chega, o colaborado se justifica mostrando que ele fez a sua parte, mostrando as postagens enviadas por meios digitais. Um ou outro é até capaz de mostrar recibos de entrega e de leitura, mas dificilmente mostrarão o contato direto com o interessado, obtendo deste a resposta da solicitação.
Quem matou Garcia? A nova geração ou as facilidades? Os novos meios de educação, sem valores ou com valores invertidos? Ou a vida fácil trazida pelas novas tecnologias?
Há muito o que refletir. Ou entendemos a mensagem de Garcia, ou nossa produtividade ficará sempre abaixo das nossas dívidas.
Este é o ponto. Entre no Google e leia mensagem completa de Garcia. O caminho existe, o caminho é Associar.
O autor é empresário com 30 anos de experiência em associativismo. Formado em Filosofia e Administração
Gilmar Denck