Gilmar Denck

Júlio César (100-44 Ac), militar político e ditador romano cujo objetivo era extirpar o regime republicano importado da democracia grega e implantar a monarquia para assumir o poder de Roma. Entre suas estratégias desenvolveu uma forte coluna de exércitos.
Para ser Rei se aliou ao partido popular que aparentemente era o que mais atendia os desejos do povo, mas também era o partido que mais se prestava aos seus desejos imperialistas. Através da pirataria, extirpou e anexou aos impérios diversas culturas e povos, distribuindo o espólio com o povo romano.
Uma vez adorado, foi aclamado imperador e para conviver com o “poder” democrático do senado transformou as obrigações democráticas em direitos. Na democracia republicana de Roma detinha como obrigação a participação popular, a opinião de todos e a influência de todos sobre as determinações do estado.
O senado, local de debates construído para buscar o consenso entre as diversas correntes de pensamento, foi o ápice da evolução da sociedade, que sucumbiu ante Júlio César, que percebeu que o povo amava e admirava a democracia, mas no fundo mesmo queria apenas pão e circo.
Com o primeiro ‘bolsa-família’ da história, distribuía trigo à população e se mantinha amado por todos, retirando do senado o poder sobre o estado, mas entregando a este “o direito” de ainda opinar e influenciar.
Este modelo de conceitos antagônicos entre república e democracia permeiam toda a face do planeta até hoje na maioria dos países ocidentais. A retomada do poder se faz necessária e jamais acontecerá por meio de escolhas de representantes, mas sim por meio da participação ativa da sociedade nos rumos econômicos e sociais, e isto só será possível através da sociedade civil organizada, por isto o caminho é Associar. Vamos trilhar.

O autor é empresário com 30 anos de experiência em associativismo. Formado em Filosofia e Administração