Gilmar Denck
Assim como o Titanic, muitas associações comerciais podem navegar confiantes no vasto “oceano dos negócios”, sem perceber os perigos ocultos que se espreitam sob a superfície. A história do Titanic serve como uma poderosa metáfora para o mundo empresarial, onde a inovação e a adaptabilidade são cruciais para a sobrevivência e o sucesso.
Em 1912, o Titanic, uma maravilha da engenharia, cortava as águas do Atlântico com a confiança de ser inafundável. Seus construtores e tripulação estavam seguros em sua invencibilidade. No entanto, a tragédia que se seguiu é um lembrete sombrio de que até as estruturas mais robustas podem falhar diante de desafios inesperados.
No mundo dos negócios, as associações comerciais são como navios gigantescos, navegando com a missão de apoiar empresas e promover o comércio. Elas são lideradas por indivíduos experientes, os “Capitães” do comércio, que muitas vezes confiam na solidez e na tradição de suas práticas estabelecidas.
Contudo, assim como o Titanic, essas associações podem enfrentar icebergs inesperados. A inteligência artificial (IA) é um desses icebergs emergentes, representando tanto uma oportunidade quanto uma ameaça. Se negligenciada, a IA pode ser o gelo que rasga o casco do navio, mas se abraçada e compreendida, pode ser o vento que impulsiona as velas para novos horizontes de inovação e crescimento.
As associações comerciais devem estar atentas aos sinais de mudança, prontas para ajustar o curso e adaptar-se. A IA, com seu potencial submerso e vasto, exige uma tripulação bem preparada, capaz de entender e utilizar essa tecnologia para evitar o destino do Titanic.
Empresas que se agarram apenas ao sucesso do passado, sem olhar para o futuro, estão destinadas a repetir os erros do Titanic. Para as associações comerciais, é hora de atualizar a “casa de máquinas”, investindo em novas tecnologias, estratégias e conhecimentos que permitam não apenas sobreviver, mas prosperar na era digital.
A lição do Titanic é clara: não importa o tamanho ou a força de uma organização, sem vigilância e disposição para mudar, os icebergs do mercado podem causar danos irreparáveis. As associações comerciais devem, portanto, manter um olhar atento e estar prontas para girar o timão, ajustando a rota para um futuro seguro e inovador.
O autor é empresário com 30 anos de experiência em associativismo. Formado em Filosofia e Administração