Gilmar Denck
Existem três atitudes a se tomar num processo eleitoral: defesa, democrático (debates) ou ataque. Vamos entender como isso funciona e quais são os riscos e virtudes cada um.
Comecemos pela atitude defensiva, na qual em um debate eleitoral ela pode ser entendida como uma forma de evitar ou minimizar as críticas, os ataques ou as provocações dos adversários.
Alguns possíveis benefícios dessa atitude são: preservar a imagem e a reputação do candidato, evitando se envolver em polêmicas ou escândalos que possam prejudicar a sua campanha ou a sua credibilidade; manter o foco nas propostas e nas ideias do candidato, sem se distrair ou se desviar do tema central do debate; demonstrar segurança, confiança e serenidade ao eleitorado, transmitindo a impressão de que o candidato está preparado e capacitado para governar.
No entanto, uma atitude defensiva em um debate eleitoral também pode ter alguns riscos ou desvantagens, como: passar a impressão de que o candidato está fugindo ou se esquivando das questões mais polêmicas ou controversas; perder a oportunidade de confrontar ou rebater os argumentos dos adversários; parecer fraco, inseguro ou submisso diante dos demais candidatos, que podem se aproveitar da situação para desqualificar ou desmoralizar o candidato.
Por outro lado, uma atitude agressiva de ataque em um processo eleitoral pode ser entendida como uma forma de criticar, desafiar ou confrontar os adversários, questionando suas propostas, suas qualidades ou suas condutas.
Alguns possíveis benefícios dessa atitude são: destacar as diferenças e as vantagens do candidato em relação aos demais concorrentes, mostrando ao eleitorado por que ele é a melhor opção de voto; expor as fraquezas, as contradições ou as irregularidades dos adversários; mobilizar os apoiadores e os simpatizantes do candidato, gerando um clima de entusiasmo, confiança e combatividade.
No entanto, uma atitude agressiva de ataque em um processo eleitoral também pode ter alguns riscos ou desvantagens, como: passar a impressão de que o candidato é arrogante, desrespeitoso ou intolerante, afastando os eleitores que preferem uma postura mais moderada ou conciliadora; perder o foco nas propostas e nas ideias do candidato; provocar reações negativas ou hostis dos demais candidatos, que podem se unir contra o candidato agressor; violar as normas legais ou éticas que regem o processo eleitoral, podendo sofrer sanções ou punições no processo.
Uma atitude democrática em um processo eleitoral pode ser entendida como uma forma de respeitar e valorizar a participação popular na escolha dos governantes e na tomada de decisões.
Alguns possíveis benefícios dessa atitude são: fortalecer a legitimidade e a representatividade do poder político, que é exercido em nome e em benefício de todos; garantir a pluralidade e a diversidade de opiniões, ideias e propostas; assegurar a liberdade e os direitos individuais, que são protegidos pela Constituição e pelas leis eleitorais, que regulam o processo democrático.
No entanto, uma atitude democrática em um processo eleitoral também exige alguns deveres e responsabilidades, como: respeitar as regras e os princípios que regem o sistema eleitoral; reconhecer e aceitar os resultados das urnas, que expressam a vontade da maioria dos associados, sem recorrer à violência ou à desobediência civil; fiscalizar e cobrar a atuação dos eleitos; participar ativamente da lide associativa, não apenas no momento das eleições.
Portanto, é importante que candidatos e eleitores adotem uma atitude democrática em um processo eleitoral de sua entidade, pois isso contribui para o fortalecimento e a consolidação da democracia no sistema associativo.
O autor é empresário com 30 anos de experiência em associativismo. Formado em Filosofia e Administração