Gilmar Denck
Durante séculos, filósofos de todas as origens decifraram, muito antes da física, o funcionamento do universo através da mecânica quântica da energia, frequência (canal e velocidade) e vibração (resultado ou benefício). Apenas três homens enxergaram o outro lado.
O primeiro foi Júlio César, que enxergou a essência humana de desejarmos um benefício acima de tudo (o pão) e nossa tendência de zombar do inimigo. Por isso, precisamos de inimigos (o circo). Dessa forma, ele colocou energia, encontrou a frequência e abasteceu a população com pão e circo. Porém, percebeu que o povo amava a democracia, que ia contra seus desejos de se tornar imperador. Foi então que ele entendeu a fragilidade humana inerente em todos nós e percebeu que, mesmo amando a democracia, valorizamos mesmo é um herói que nos defenda de nossos inimigos. O primeiro grande nome a superar a barreira dos benefícios e entender que o valor está em quem recebe o benefício e não em quem oferece. Quanto maior a energia, maior o benefício. Esta regra é universal e segue a mecânica quântica. Entretanto, o valor não é proporcional à energia e à vibração gerada, mas ligado a uma psicologia intrauterina que remonta séculos de lutas e traumas, presentes em nós até os dias de hoje. Entender isto fez com que César atendesse o desejo do povo sem nunca ninguém lhe falar sobre isso. Não rolou pesquisa de mercado. Foi intuição de gênio. O primeiro e talvez o maior, pois até hoje vivemos sob esta égide. Tem alguma dúvida? Quem é o seu César de estimação?
O segundo, segundo a crença cristã, é o próprio filho de Deus, e por isso sua genialidade. Ele percebeu no sofrimento de seu povo que o valor estava em um herói próximo e protetor. Então, não teve dúvidas: trouxe o nosso Deus pai para perto de nós, se tornando a reencarnação do Deus vivo na terra. O elo definitivo da humanidade com seu criador. Pronto, agora temos um herói imbatível que, além de tudo, compreende até nossos desejos íntimos e é capaz de satisfazê-los e ainda nos fazer felizes. Tem herói maior? Claro que este contexto não caiu bem nos planos do imperador e deu no que deu. Mas tamanho valor gerado por ele, que mesmo humilhado e eliminado da face da terra, gerou uma legião de seguidores que, três séculos depois, iriam tomar o poder do império romano, fundindo-se a ele e formando a igreja católica apostólica romana. Isto é valor?
O terceiro grande gênio, para mim, foi Cristóvão Colombo. Não sei ao certo até onde foi sem querer a descoberta das Américas, mas claramente ele buscava ampliar os benefícios de uma viagem marítima de comércio mais curta e mais rápida e, com isso, mais lucrativa. Essa ousadia e empreendedorismo, sob o risco do tudo ou nada, o levou a descobrir as Américas, resgatando na humanidade a esperança em um mundo novo. Um mundo melhor. Um mundo de oportunidades. Este valor ele talvez não tenha enxergado, mas entregou. E não faltaram usurpadores que tentaram lhe roubar o brilho (Américo Vespúcio), tamanho o valor de seus feitos.
Hoje, no mundo dos negócios, há visionários que conseguem ultrapassar a ponte longínqua do benefício gerado, alcançando a glória da geração de valor. Um destes ícones foi o genial Steve Jobs. Sem pesquisa de mercado, sem referência, usando apenas intuição, criou máquinas e ferramentas que até hoje espantam não só pelos benefícios que geram, mas muito mais pelo valor que todos atribuem a seus feitos e que, notoriamente, transferiram à sua marca: a notável Apple. Alguma dúvida?
Gerar benefícios é obrigação social de todos nós. Razão de sobrevivência e motivo de busca de um lugar ao sol. Para isto, precisamos colocar muita energia, acertar o canal e a velocidade (frequência) e gerar benefícios pelos quais seremos recompensados. Agora, se você quer ir além, pense em como gerar valor. Não no seu produto nem na sua marca, mas naqueles que tocarem ou forem tocados pela sua produção. Alguma dúvida?