Gilmar Denck
A sociedade nada mais é que um contrato de convivência que assinamos e mantemos por interesse próprio. Sobrevive única e exclusivamente do mercado, onde trocamos os benefícios. Nasce das necessidades e desejos naturais de todo ser humano, os quais são percebidos pelos empreendedores que beneficiam materiais e informações a fim de atender estas necessidades e ou desejos.
Para poder gozar dos benefícios produzidos pela sociedade e disponibilizados no mercado todo vivente deve produzir um benefício para oferecer em troca conquistando créditos no mercado para adquirir o que precisar ou desejar.
Este é o resumo de toda sociedade. No mercado onde realizamos as trocas levamos então a nossa produção que nada mais é que uma transformação de matérias através de um processo de beneficiamento que geram os produtos e serviços desejados. Em síntese, uma junção de insumos e processos.
Tudo começa com os insumos e o primeiro e o mais latente deles é a energia empreendedora (aquela que leva o cidadão a enxergar solução onde outros estão vendo problemas). Assim, com uma ideia na cabeça e com a coragem indispensável, se coloca a produzir um benefício. O segundo insumo não menos importante é o capital, necessário em todas as relações de mercado. E o terceiro é a matéria prima a ser beneficiada.
De posse dos insumos precisamos dos processos, o primeiro é a tecnologia (saber como se faz=conhecimento), depois as ferramentas necessárias que facilitam o processo e, por fim, a mão de obra que dominará as ferramentas e a tecnologia, transformando-a matéria em um produto que levará consigo um benefício.
Aqui termina a linha de produção e começa o processo de troca, no mercado. Precisaremos então da logística e do marketing para definir embalagem, peso, preço, praça e o mais importante, entender o desejo dos consumidores. Aqui a gestão precisa entender para atender. Entender que todo cliente deseja velocidade, qualidade e preço ao mesmo tempo que deseja fidelizar sua confiança em uma marca que seja coerente, relevante e leal ao entregar o benefício prometido.
Esta é a lei da vida social e mercadológica. Como cidadãos, é nosso dever fomentar este mecanismo, de forma que se torne cada vez mais produtivo e nos traga os benefícios que precisamos e desejamos em ritmo crescente de forma oportunizar a todos o acesso aos benefícios. Como?
Olhar com atenção o mecanismo e primeiramente fomentar o empreendedorismo, a energia inicial e essencial do mecanismo. Depois, promover equilíbrio entre os interesses do capital, da produção de matéria prima, dos fornecedores de tecnologias, das ferramentas e da mão de obra. Ainda, atender para que toda a infraestrutura necessária para um mercado produtiva seja construída com parte dos benefícios gerados pelo sistema, e acima de tudo assegurando ambiente saudável, seguro e educativo para a produtividade sem esquecer da segurança jurídica que manterá todos focados e assegurados no retorno de tudo aquilo que produzimos. Tudo isto só pode ser alcançado pela cooperação entre os elos do mecanismo, formando a tração unilateral em direção à prosperidade. Entender que as políticas públicas devem caminhar única e exclusivamente na direção da prosperidade com a participação de todos. Isto é empreendedorismo, isto é civismo, isto é Associar.
O autor é empresário com 30 anos de experiência em associativismo. Formado em Filosofia e Administração