Gilmar Denck
O que socialistas não entendem e nunca entenderão, até porque liberais e conservadores parecem que também não entendem: riqueza não existe, empresas não geram riquezas.
É necessário entender que existem recursos naturais que têm valor de mercado, e empresas agregam mais valor ao beneficiar estes recursos.
Portanto, o papel primário da empresa é apenas beneficiar os recursos existentes, transformando-os em benefícios que atendem necessidades e desejos humanos.
A riqueza para surgir depende essencialmente deste mecanismo de geração de valor, porém, por si só não consegue gerar prosperidade.
O mecanismo de geração de valor passa invariavelmente por: injeção de energia empreendedora: ideia e coragem enfrentar o risco; injeção de capital (este não é tudo, mas sem ele não existe nada); matéria prima, tangíveis como recursos da natureza ou intangíveis como o conhecimento; tecnologia, método que pode atribuir produtividade; ferramentas que auxiliam o processo; mão de obra (falsa a ideia que automatizar destrói empregos, na verdade apenas transfere).
Com estes elementos temos os insumos e os processos, e o consequente produto, agregado de valor. A geração de riquezas dependerá então da próxima fase: na empresa, produtividade (produzir mais em menos tempo), austeridade nos gastos, lucro; na nação, produtividade somada (PIB), austeridade nos gastos e investimentos igual a reservas (que geram valor ao dinheiro e aos bens).
Portanto a prosperidade depende do tripé produtividade, austeridade e segurança jurídica está última para assegurar as regras do jogo).
Este é o caminho, qualquer alteração na rota é invenção de gestores mandrake. Não há segredos, porém, o jogo de poder e de interesses tendem a deturpar a ordem natural do universo. Enquanto nação podemos escolher, porém a omissão é funcionária do inimigo. Temos trabalho. A messe é grande e precisa dos obreiros. Aqui a cooperação pode mostrar toda a sua força transformadora. Isto não é trabalho para heróis e individualistas. Esta é a nossa missão. Para prosperar precisamos associar.
O autor é empresário com 30 anos de experiência em associativismo. Formado em Filosofia e Administração