Gilmar Denck
Competitividade é a capacidade de uma empresa ou indivíduo de competir com sucesso em um mercado, superando seus concorrentes e alcançando uma posição de liderança. Isso pode ser alcançado através de estratégias de marketing, inovação, eficiência operacional e outras táticas.
Competitividade, por outro lado, é a combinação de cooperação e competitividade. É quando empresas ou indivíduos trabalham juntos para alcançar um objetivo comum, enquanto ainda competem uns com os outros. Isso pode ser visto em parcerias estratégicas, alianças comerciais e outras formas de colaboração.
Para se livrar da competitividade excessiva, é importante lembrar que a competição saudável pode ser benéfica para o crescimento e desenvolvimento de uma empresa ou indivíduo. No entanto, quando a competição se torna tóxica e prejudica a saúde mental e emocional, é importante buscar ajuda profissional para lidar com o estresse e a ansiedade. Além disso, é importante lembrar que a cooperação pode ser uma alternativa viável à competição, e buscar oportunidades de colaboração pode ajudar a reduzir a pressão competitiva.
Adam Smith, um dos principais economistas clássicos, acreditava que a competitividade era um fator importante para o crescimento econômico e a prosperidade. Em sua obra mais famosa, “A Riqueza das Nações”, publicada em 1776, Smith argumentou que a competição livre e aberta entre empresas era essencial para estimular a inovação, a eficiência e a produtividade.
Smith acreditava que a competição era um mecanismo natural que permitia as empresas se adaptassem às mudanças nas condições de mercado e às necessidades dos consumidores. Ele argumentou que, em um mercado competitivo, as empresas seriam incentivadas a produzir bens e serviços de alta qualidade a preços acessíveis, a fim de atrair e reter clientes.
No entanto, Smith também reconheceu que a competição poderia levar a comportamentos antiéticos e prejudiciais, como a formação de cartéis e a exploração de trabalhadores. Por isso, ele defendia a necessidade de regulamentação governamental para garantir que a competição fosse justa e equilibrada.
A falha na visão de Smith é perceptível: mesmo ele reconhecendo o perigo da competição, ele permanece preso em seu individualismo. É necessário entender e saber separar as coisas. empresa não são tudo no mercado, mas sem elas não existe nada. negócio é o ambiente de mercado onde a empresa encontra as oportunidades. Portanto, empresa não é negócio, e negócio não é empresa.
Na empresa, o sócio (indivíduo ou conjunto de indivíduos) detém o principal interesse, pois dele depende o sucesso. Além do interesse dele, temos os interesses do investidor e dos empregados.
Nos negócios temos o mercado consumidor, as regras (leis, governo), as tecnologias específicas, os fornecedores, os sindicatos, o capital disponível e o mais importante: as oportunidades.
Perceba que as oportunidades estão fora da empresa, então onde o empreendedor deve focar seus olhares e sua existência? Simples, não é? Então porque vemos tantos empreendedores sem tempo porque devem cuidar da empresa? Com certeza se perdem na gestão (importante para a sobrevivência da empresa) e esquecem do negócio (importante para manter a empresa no mercado).
Na empresa vale o individualismo, na gestão vale o individualismo, vale estratégia. É papel único e intransferível do empreendedor entender e atender o mercado, mas no negócio o papel é compartilhado. O conjunto de empresas que atuam no segmento determinam as regras, as tecnologias e o rumo dos negócios. Cooperar não é uma atitude nobre e interessante. É uma necessidade de mercado. Pense nisso. O caminho existe, o caminho é Associar. Vamos trilhar.
O autor é empresário com 30 anos de experiência em associativismo. Formado em Filosofia e Administração