Gilmar Denck
Existem 3 Deuses que regem a nossa vida: o primeiro, o Deus da vida, o Deus espiritual, segundo a crença da maioria, o criador de tudo o que existe. Deus pai e amoroso, tudo perdoa, desde que haja arrependimento.
O segundo é o Deus natureza, fonte de nossa vida e sobrevivência. Fonte inesgotável de recursos e oportunidades. Porém, seu amor é rancoroso, se errarmos no trato a vingança é líquida e certa. Exige cuidados e atenção. Sua força incontrolável pode ser destruidora.
O terceiro, não aceito por uma parcela da humanidade, é o Deus mercado. Assim como os outros, é soberano e poderoso. Assim como os outros, determina as regras sem enviar um manual por escrito. Cabe a nós observar e entender para atendê-lo. Embora muitos profetas tenham trazido e continuam trazendo algum manual de como nos comportar para atender as leis universais regidas pelos 3 Deuses, muitos de nós ousamos desafiá-los, seja por pura ignorância ou rebeldia. Não sei, só sei que por amor do primeiro que nos fez a sua imagem e semelhança continuamos livres para escolher e decidir, mas jamais poderemos decidir sobre as consequências.
O deus mercado está presente e ativo. Hoje, mais do que nunca, o consumidor detentor de informações cada vez mais precisas e mais velozes vem determinando não só o rumo da produção bem como começam a determinar o rumo da gestão das empresas. O ESG chegou. E vem para mostrar que uma empresa só pode existir se cumprir com suas responsabilidades sociais.
Lembre-se: o Deus espiritual perdoa, mas o Deus natureza e o Deus Mercado são implacáveis, dificilmente nos dão uma segunda chance, portanto acorde. Como empreendedor precisa acordar e entender quais são suas responsabilidades sociais.
Como consumidor precisa estar atento ao consumo responsável e entender que comprar é uma atitude transformadora que vai muito além de satisfazer as vontades e desejos pessoais. O consumo responsável determina o que as empresas farão no social, no ambiental e na condução de nossos governos, além de determinar se fortalecemos ou enfraquecemos a economia local, contribuindo com que o dinheiro circule na cidade ou vá para fora, por capricho nosso.
Para as empresas o momento é de despertar, e entender que cumprir as responsabilidades sociais é muito mais fácil quando realizadas de forma cooperada. O associar é o caminho. Vamos trilhar.
O autor é empresário com 30 anos de experiência em associativismo. Formado em Filosofia e Administração