Gilmar Denck
A rentabilização de capital é mais antiga do que imaginamos. Na Bíblia há muitos relatos de empréstimos e juros, porém a exploração da humanidade ganhou força no século XVI com a expansão do comércio marítimo, favorecendo o surgimento dos primeiros bancos especializados em financiar negócios.
Ao que tudo indica, alguns deles financiavam a empresa marítima com uma mão e financiavam a atividade pirata com a outra. Até porque facilitava vender seguros. A exploração de mão de obra também é muito antiga, umas das mais conhecidas é a história do povo hebreu que fugiu da escravidão egípcia.
A escravidão durou até meados século XIX, que substituiu pela exploração através de baixos salários ante a forte expansão industrial. Consequência deste distúrbio foi inúmeras guerras até chegarmos a 2ª grande guerra e em seus pós o surgimento de sindicatos que amenizou a distância, mas não resolveu. De lá pra cá ideologias socialistas vêm sendo organizadas para se opor ao capital e a exploração de mão de obra.
Até aí tudo bem, porque é preciso. Porém não se enfrenta o capital acabando com ele, ou deixando nas mãos de governantes que sempre são corruptos, não conseguem enxergar o pote cheio sem meter a mão mesmo sabendo que na frente vão faltar. Nem se combate exploração de mão de obra acabando com os empresários.
Governos pela mesma volatilidade corrupta inerente ao ser humano não podem administrar empresas. Este é o ponto. Direita erra ao explorar, esquerda erra ao querer eliminar.
O caminho é a conscientização e a cooperação entre todos os atores sociais, ao mesmo tempo que precisamos entender que democracia não é direito, é uma obrigação do dono do negócio. E o dono desse negócio chamado mundo somos nós. Tenho dito. O caminho existe, o caminho é Associar.
O autor é empresário com 30 anos de experiência em associativismo. Formado em Filosofia e Administração