Já abordamos aqui o quão importante é sabermos qual a nossa missão enquanto cidadãos, e qual os papéis e funções que cabem a uma empresa dentro da sociedade, bem como já foi apontado o papel que agentes e órgãos públicos têm de desempenhar. No entanto, é importante falar da missão das pessoas enquanto agentes atuantes no seu dia-a-dia.
Sabemos que uma empresa é composta por colaboradores, nas mais diferentes hierarquias, bem como é de comum acordo que uma entidade pública, um órgão governamental, independente da esfera, municipal, estadual ou federal, é feito de agentes e funcionários, pagos com nossos tributos e designados para executar suas tarefas com a devida competência.
Uma entidade do terceiro setor, como uma associação empresarial, por exemplo, tem em seu corpo, além dos associados, aqueles que acreditam no poder de transformação, pessoas com papéis e missões a serem cumpridas, para que a missão do associativismo seja atingida com êxito.
Enquanto que a gestão empresarial o foco é o lucro, é a venda, são os processos, a economia, a otimização e produtividade, na gestão pública o foco é o atendimento aos anseios da população, ou seja, recolher os tributos e aplicá-os da melhor forma possível para atender aos anseios da população.
Sabemos que toda a economia se baseia na atividade empreendedora, na energia do empreendedor. Se na gestão empresarial todo o foco está na produtividade no seu bem estar, no associativismo, tudo centra-se no propósito de transformação das pessoas, para que elas entendam o funcionamento da sociedade, da economia, e com isso mantenham a esperança e ativem o empreendedorismo, a energia mola de toda a economia. Nosso principal objetivo é sempre manter a esperança e o empresário ligado nesta energia.
Como em uma orquestra, onde cada músico tem seu papel e partitura bem definidos para que ao final o resultado seja de harmonia e bem execução, cada agente público tem sua missão bem definida, assim como o colaborador de uma entidade privada tem claro qual é seu objetivo e os agentes do terceiro setor têm de objetivos claros para executar. Um violonista não pode tocar seu instrumento da mesma forma que um pianista faz. São papéis distintos. Assim é na iniciativa privada, gestão pública e entidades representativas.
Em uma empresa o foco de gestão de pessoas é fazer com que elas estejam bem para que produzam melhor, porque esse é o objetivo, a missão é para que elas estejam bem para que elas atendam aos anseios da população, do munícipe, do cidadão em si. Este é o papel da gestão pública com as pessoas.
Já no terceiro setor, em uma associação empresarial como a Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG), o foco é para que as pessoas estejam bem e em condições de suportar os empresários na sua função, de manter a energia empreendedora, que é a mola de toda a economia. Então o funcionário da entidade tem que suportar, apoiar. Ele é muito mais um consultor do que um agente de produção ou agente de atendimento.
É para isso que temos que ser treinados, doutrinados e preparados. Essa é a diferença e é para isso que nós existimos.
O Gilmar Denck autor é empresário com 30 anos de experiência em associativismo. Formado em Filosofia e Administração.
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