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A função social

A sociedade nada mais é que um conjunto de ações realizadas por empreendedores em busca de satisfazer necessidades ou desejos das pessoas e assim obter resultados em benefício do realizador. Esta energia empreendedora nos leva a produzir e comercializar bens (produtos e serviços) que imaginamos sejam desejados pelas pessoas. Esta é a base social que gera os benefícios e os problemas que nela encontramos.
Enquanto buscamos desenvolver mecanismos de produção e distribuição adequados, produtivos e rentáveis, acabamos gerando conflitos indesejados, entre eles a desigualdade e a falta de oportunidades, as quais geram uma série de comportamentos indesejados na sociedade. Entre eles os crimes como roubo, latrocínio e tantos outros advindos da corrupção humana. Muitos deles apenas consequência da falta de oportunidade neste mecanismo social de produção de riquezas, ou muitas vezes fruto da revolta com os resultados obtidos na feroz competição instalada no mercado.


Sim, muitos se revoltam e criam subterfúgios, nem sempre legais para justificar um pretenso equilíbrio na justiça social. As entidades sem fins lucrativos nasceram justamente para interferir e apaziguar esta fonte de conflitos. Portanto, precisamos de forma urgente entender esta função social das entidades e, para tanto, entender a função social da empresa.
Todo empreendedor deve produzir, vender, cuidar (custos, equipe, qualidade e tributos), pagar as contas e fazer sobrar (lucro) e ao fazer isto deve atender a função social da empresa de produzir impostos, empregos, bens, benefícios para o entorno e rentabilizar o capital. Esta é a dinâmica e a função da empresa, independente de segmento, tamanho ou tipo de atuação, todas, sem exceção, seguem o mesmo modelo e a mesma função social, resguardadas as suas dimensões.


O funcionamento ideal deste mecanismo social deve ser controlado e fomentado pelos governantes, os quais devem se ocupar em manter a infraestrutura e o meio propício para que as empresas se desenvolvam e promovam a prosperidade com oportunidades para todos.
Na mesma toada necessitamos de entidades que se ocupem com a qualificação do ser social que abastece as empresas, como empreendedores ou empregados e também aos governos, como gestores eleitos ou funcionários. É função social da entidade buscar o desenvolvimento da visão empreendedora (a energia que impulsiona a sociedade.

Empreendedorismo não se ensina, mas pode se permitir que a pessoas aprendam e descubram que podem empreender), valorizar as profissões que precisamos, valorizar o comércio local, ao mesmo tempo que deve buscar meios para o desenvolvimento dos empreendimentos da comunidade, contribuindo com eles fomentando o mercado, representando seus anseios junto ao poder instituído e favorecendo a inovação como meio de evolução e desenvolvimento dos negócios.


A sociedade perfeita existe e pode ser almejada, basta apenas que deixemos de imaginá-la como utopia e busquemos cumprir nossa função social como empreendedores, governantes e missionários. Simples assim. O caminho existe. O caminho é associar. Vamos trilhar.


O autor Gilmar Denck é empresário com 30 anos de experiência em associativismo. Formado em Filosofia e Administração

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