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A verdadeira defesa do associativismo

Enquanto os noticiários são inundados com notícias da invasão russa – que alega invasão norte-americana através da Otan – na Ucrânia, vemos os mesmos crimes sendo cometidos aqui no Brasil, especificamente por políticos e interesses econômicos locais.


Por não ser tipificado como crime no Código Penal, as barbáries são cometidas à luz do dia sob a estapafúrdia desculpa da defesa dos interesses. Reparem que o padrão russo ou americano em nada difere do que vemos no estado. Um ataque grosseiro e agressivo da competição sobre a cooperação.

A humanidade aprendeu desde os primórdios da história que a cooperação é o caminho da prosperidade e da justiça social, mas sempre encantada pelo brilho fajuto da competição nunca deixou passar oportunidades para enganar, usurpar e subtrair da comunidade em benefício próprio. Nossos políticos são hábeis nesta arte, e o que é pior, regem as leis para que estas os beneficiem e os protejam.


O associativismo é o 3º pilar social, responsável pela transformação da mentalidade humana em prol do coletivo, e talvez o único meio de se buscar a prosperidade e justiça social. No Paraná, o sistema foi brutalmente atacado quando uma meia dúzia de interesses econômicos resolveram tomar para si o sistema SEPROC (posteriormente convertido em RENIC), que foi habilmente construído pela força da cooperação das associações do Brasil. Não bastasse a volúpia deste crime (não tipificado), agora desprovidos de vergonha nas caras, passaram a instituir entidades denominadas “associação comercial” para concorrer com as associações comerciais existentes em cada cidade.


Sabemos que o Associativismo empresarial está vivendo um momento delicado onde busca refletir sobre as razões de sua existência, mas isto não justifica o avanço incontrolado da volúpia do interesse econômico sobre a cooperação. E o pior, estão escondidos sob as bandeiras das glórias do Associativismo do passado onde homens de valor e honra construíram uma história em nosso estado.


E por falar em hombridade, penso que passou da hora de representantes de nossas entidades pararem de agir no modo “para inglês ver” e partirem para a defesa do sistema, com a energia e o rigor que a situação exige. Não há como compactuar com a existência de lobos hábeis e ágeis na política, usufruindo do sistema em benefício de suas causas e ou de seus comparsas patrocinadores. É chegada a hora. O caminho é ASSOCIAR. Vamos trilhar.

O autor Gilmar Denck é empresário com 30 anos de experiência em associativismo, formado em Filosofia e Administração

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