Um fato curioso que marcou uma transformação na vida e nos costumes da humanidade foi a descoberta das Américas. O fato provocado pela ousadia empreendedora de Colombo impulsionou o mundo rumo a Prosperidade.

A descoberta de um novo mundo nos encheu de esperança o que favoreceu o rápido crescimento do comércio entre nações e nos fez acreditar em dias melhores no amanhã. Este efeito continua até os dias de hoje e é base do empreendedorismo. Ter esperança significa acreditar no amanhã, é confiar em si mesmo e se colocar em busca. Este é o diferencial que move os empreendedores que acabam gerando as riquezas para todos em sua volta.

Quando ao contrário perdemos a capacidade de ter fé, de acreditar e de gerar expectativas sobre nossa vida futura, podemos sentir a desesperança, que ocorre quando há um rompimento, ou seja uma descontinuidade em nossa própria existência, um conflito entre o ser e o estar. Muitas vezes entregamos a sorte de nossos destinos nas mãos de Deus e ficamos esperando as coisas caírem do céu. Ou muitas vezes esperamos de nossos líderes próximos (chefes, patrões) ou ainda de não tão próximos (líderes políticos ou religiosos), os quais podem entender este nosso desejo e transformar num negócio onde eles aparentemente nos entregam a esperança em troca de um benefício para eles. Este é o risco de quem espera e cultiva a esperança em outro.

Esta esperança de quem espera em outro é improdutiva e sem fim. A esperança que tratamos aqui não é a de esperar, mas sim a de quem acredita que suas atitudes poderão trazer resultados. Confia em si mesmo e acredita no dia seguinte, trabalha com alegria e sabe que os resultados cedo ou tarde sempre virão. Não há empreendedorismo sem esperança como também não existe empreendedor que espera. Presta atenção no trocadilho acima.

O empreendedor cultiva e tem esperança, ou seja, acredita e confia no que faz, já o que espera não é empreendedor, é no máximo um mimado que aprendeu a chorar e esperar a salvação. Esperança, portanto, muito além de um sentimento, é uma atitude, típica daqueles que empreendem. A história humana escrita tem próximo de 12000 anos e desde então ela se repete sistematicamente, sempre foi, ainda é e parece que sempre será modelada por pequenos grupos de empreendedores inovadores que olham para frente e nunca pelas massas que olham para trás ou esperam.

Cultivar e disseminar a esperança talvez seja a maior missão daqueles que acreditam que a vida tem um propósito maior. Associar é acreditar, é ter e disseminar a esperança. Empreendedor, acredite em teu negócio, acredite no teu bairro, na tua cidade, acredite na força de tua comunidade. Invista neles, cultive a esperança e acredite: o caminho existe, o caminho é ASSOCIAR, vamos trilhar.

O autor Gilmar Denck é empresário com 30 anos de experiência em associativismo, formado em Filosofia e Administração.